Sabe quando você sente saudades do que não viveu?
Saudades do que não teve, não experimentou, não tentou, não provou ou aprovou?
Hoje a saudade que sinto é do que não existe na memória, nos registros. Não estão nos autos dos acontecimentos passados e nem sequer aparecerão nos do futuro.
Estranho perceber esse sentimento quando o fato não existiu, é quase um questionamento descabido "saudades do quê, exatamente?".
E se os poetas já disseram que nem tudo se explica, vamos nos conformar e viver com a saudade, da maneira não ortodoxa que ela se apresenta, na inadequação de sentimentos que ela se encaixa. Ou desencaixa.
Saudade aperta o peito, machuca que só. Mas não sei que lado que machuca, só sei que dói.
Hoje sinto saudades do nada, porque é o nada que tive, é o nada que tenho. E mesmo assim, deixou saudades.
Ai, que saudade desse nada tão querido, tão especial, tão inesquecível. Mas que no fundo, é de fato nada.

2 comentários:
Olá; Sou grande admirador das suas postagens.
Tive um blog antigamente, e quero voltar este ano, e o seu foi um que me motivou a voltar a escrever. Parabens.
Meu MSN: iam@regiswa.com
Regis! Muito obrigada pelo apoio, pela leitura, pelo comentário !!!
Escreva...sempre! As palavras incentivam, curam, incendeiam e apagam ao mesmo tempo !!!
Abraços!
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