Mari D'Amore |
Nos últimos tempos, todos os anos terminam
com “finalmente” e “comece logo o próximo” em minha vida.
Sonho com mudanças radicais que venham por meio de uma simples
queima de fogos na praia. Parece um alívio terminar um ciclo difícil e enxergar
a possibilidade do novo ter tudo melhor, tudo diferente.
Parei com isso.
Parei porque cada ano parece ser pior que o
anterior, com problemas e desafios maiores, frustrações maiores, perdas
maiores.
Parei porque o que acabei de dizer pode não passar de uma impressão muito particular minha - mas que ninguém me diga isso, afinal, eu sei onde o meu calo
aperta e não aceito minimizações de minha dor por terceiros.
Parei porque acreditar que é preciso
um ano terminar para as mudanças acontecerem, pode ser um facilitador da
minha insanidade e insatisfação permanentes.
Parei porque finais de ano são sempre
difíceis. Reclamar, sofrer, se isolar não resolverá nada.
Finais são sempre dolorosos. De ano, de projeto, de relacionamento, de
histórias, de vida, de sonhos.
Não há finais felizes, os finais são a parte
mais triste, já disse o poeta Shel Siverstein.
Se é o fim, será triste. Será doloroso. Deixará
saudade ou qualquer outro sentimento difícil de lidar.
É para isso que os finais existem: dar um
ponto final, que irá sempre causar tristeza ou estar ligado a algo muito triste. Ou negativo. Ou frustrante.
Então, vamos deixar os finais de lado,
esquecer do quão tristes eles costumam ser.
Vamos então apenas torcer para caminhos
alegres. O final a gente já sabe do que se trata mesmo.
Então, já que os finais nunca são felizes eu quero, por favor, felizes começos e meios. Obrigada.
4 comentários:
Adorei, muito inspirador.
Quero começos e meios felizes, também. Abraços.
Que o caminho em 2014 seja suave, inspirador e cheio de boas novas <3
Enjoy the ride. =)
Nossa, adorei
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