sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Apenas mais um texto


Martha Medeiros sempre me inspira. Há alguns (significativos) anos eu descobri essa escritora do Sul e logo me identifiquei: contemporânea, simples, inteligente, coerente, amante de viagens e cinema e totalmente voltada às crônicas como gênero literário.

Pronto, logo queria ser como ela.

Não me prendo aos clássicos para firmar minha intelectualidade. Aliás, acredito que de intelectual não tenho nada mesmo, a não ser uma dose generosa de inteligência aliada a bom senso – que não é e nunca será suficiente e que me falta nas horas de maior necessidade, obviamente.

Nesse meio tempo, conheci Adriana Falcão. Mágica, viajante, aquela dose de poesia que nos alimenta diária ou periodicamente. Ainda assim, contemporânea, fácil mas com aquela fantasia e sonho que todo pisciano (culpada!) adora.

Como costumo ser uma conselheira de relacionamentos – sem qualquer conhecimento empírico a respeito que o valha – Ivan Martins começou a me encantar, logo que se tornou colunista no auge de uma sólida carreira jornalística. Ele fala apenas de relacionamentos, 90% das vezes afetivos (quando não, geralmente ele insere em algum momento algo relacionado a ele no seu texto/história). Ele analisa experiências próprias ou alheias de uma forma muito, muito madura e racional, mas deixando evidente todo seu lado sensível, humano e até carente quando precisa – apesar de ser raro, ele parece já ter passado da fase que confunde carência com qualquer outro sentimento há bastante tempo.

Enfim, cá estou eu, de férias e de costas para o mar, de frente para um jardim com pouca variedade de plantas mas que serve de cenário para minha vida desde – literalmente – meu nascimento, escrevendo um texto que fugiu de sua ideia inicial lá no segundo parágrafo.

Acredito que queria apenas escrever, compartilhar algo com meus inúmeros (2 ou 3? Talvez 4?) leitores do meu blog, e acabei discursando sobre três das pessoas que admiro e nas quais me inspiro constantemente. Comecei querendo falar sobre alguma ideia que estava passando em minha cabeça no momento em que liguei o notebook, mas fato é que se passavam umas 12 ou 13 ideias diferentes e uma mente inquieta sempre produz algo. Por que não algo totalmente não planejado?

Não planejado, espontâneo, inusitado. Adoro a vida assim. E, então, talvez tenha surgido no penúltimo parágrafo de um texto nada planejado, o plano para o próximo. Vida de quem escreve é assim mesmo. E eu gosto bastante disso.


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