domingo, 10 de março de 2013

...


Nem fome, nem vontade de comer. A necessidade ou o desejo naquele momento não tinha qualquer utilidade. Era na verdade um passo, uma decisão, um sentimento natural, desmedido, repentino.

Não era porque devia, não era porque queria, não era porque se fazia necessário. Era porque foi. Foi porque deveria ser.

Foi ali, sem qualquer planejamento ou programação, sem nenhuma prévia, sonho ou intuição.

Ela não havia pensado naquilo, nem desenhado, escrito, imaginado ou projetado. Naquele momento, simplesmente aconteceu.

Ah, o simples... o simplesmente...

Não tinha que ser simples, não tinha que ser rápido, não tinha que ser especial, forte ou inesquecível. Aquilo tinha apenas que ser. E foi. E foi assim.

Não foi necessariamente inesperado, genuinamente foi. E apenas foi.

Pouco tempo depois, foi esquecido, apenas colocado ali naquela prateleira de acontecimentos da vida. 

Ah, a vida...



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