segunda-feira, 12 de março de 2012

Amizade verdadeira



Hoje lembrei do meu melhor amigo por 4 anos e que me faz chorar de saudades até hoje. Ele sabia exatamente como eu me sentia, em qualquer situação. Me matava de preocupação para depois aparecer e se sentir o ser mais amado do mundo; Dormia comigo para me esquentar, fazer companhia, mostrar que do meu lado era seu lugar; Me dava uma leve mordida na perna para dizer que tinha fome ...


Inexplicavelmente, ele era tranquilo quando eu estava feliz e quando eu estava triste ele pedia colo, fazia carinho no meu rosto, não sossegava enquanto não se aninhava bem firme comigo e me olhava nos olhos para dizer "te amo e não gosto de te ver triste". 


Se não fosse um gato, acho que ele faria bolo de chocolate prá mim, me daria presentes, me daria conselhos e me faria rir com piadas bobas. Mas ele conseguia fazer tudo isso aí do jeito mais sincero: sendo quem ele era!


Quando acolhi um outro bichinho, ele estranhou e mesmo com todo o seu porte de gato-do-mato acolheu o pequenino em seus braços: limpava ele, brincava, cuidava ... Ficava olhando de longe, como um pai cuidadoso. Quando o filhote decidiu sumir por uns dias, a tristeza tomou conta dele, que dormiu aninhado comigo todas as noites, saía pela casa chamando (miando) o pequeno e me chamava para ir procurá-lo e eu o acompanhava, andando pelos arredores chamando seu nome e ele acompanhava miando e fazendo xixi para deixar seu rastro e o bichinho achar o caminho de casa...


Quando estou triste, lembro dele ... Porque ele corria para o meu colo, sentia e fazia de tudo para me confortar. Se fosse um urso, daria uma abração gostoso, como era gato, subia no colo e fazia carinho com o rosto cheio de bigodes.
Não é piração de uma balzaca solteira, ele era um quase humano ... 


Escandaloso como nenhum outro e absurdamente ligado a mim, acho que foi uma ótima amostra do que é se sentir mãe de alguém.


Ele ficou pouco ao meu lado, mas me fez muito, mas muito feliz. E foi muito, muito amado. Viveu 4 anos e meio coberto de amor, carinho, atenção, brincadeiras e "ete", sua comida favorita. E dos passarinhos que pegava por aí!


Poucos entendem, poucos querem entender, poucos tem essa capacidade. Mas é uma ligação, um amor, que só quem sente compreende.


Nunca outro será como ele, porque ele era único, especial. Muitos quilos, olhos amarelos e um pelo macio demais, meu gatão era a coisa mais gostosa do mundo. Muito fiel, como nenhum outro amigo. Saudades eternas.

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