segunda-feira, 4 de julho de 2011

Pouring...


Cor não segue regras, e nem sentimento, ou palavras, decisões, emoções, dia a dia, sono, fome, preguiça.
Não tem regras. Meus elogios, meus momentos, risadas, lágrimas, surtos, cobranças.
Cobranças. Faço para mim, recomendo a mim, somo de mim, divido para mim. Devo tudo para tudo, principalmente para mim.
Dever. Devo tanto, muito, em todos os momentos. Devo ser, viver, fazer, sentir, dizer, responder, questionar, devo sempre.
Sempre. Sempre é tão limitado. O infinito é muito mais livre. Sempre é definido, definitivo, regrado, imposto, colocado, encaixado, enquadrado. Sempre é ilusão.
Iludir-me agora, sempre, a todo momento. Isso não devo. Isso quero, desejo, faço dia a dia.
Dia a dia. A rotina da vida, do sol, da lua, da noite, dos olhos ao abrirem no amanhecer, das mãos se unirem ao anoitecer. Do coração bater mais forte ou chorar, com bom dia ou com boa noite.
Boa noite. O fim de um ciclo, de pensamentos. O pedido de um dia melhor, um sol mais forte, um sorriso mais largo. Uma chance a mais.
A chance. De refazer, redecidir, ressentir, reviver, renascer, recomeçar. Escolher  novamente, desfazer a mesma escolha.
Escolher. Pensar, definir, mudar, restringir, pesar, compensar, mudar, retornar, resguardar, tentar, cogitar, duvidar.
Dúvida. Do que podemos, devemos, precisamos. Duvidar de tudo e de todos. De nós mesmos, do que queremos, do que se vive, do que se ouve, do que vemos.
Ver. Tão diferente de enxergar. Pode ser um ou outro, pode ser a verdade ou apenas o que queremos. Pode ser o motivo, a circunstância, o medo ou a conseqüência. Ver o que se quer, ver o que se tem.
Ter. Ganhar, conquistar, moldar, sentir, mexer, mudar, viver, não querer, desistir, trocar.
Trocar por mais, por melhor, por mais bonito, por menos caro, por mais fácil, por menos complicado.
Complicado é o que a gente é, como a gente nasce, como a gente vive, como a gente sente.
Sente. Dói. Muda. Revive. Machuca. Deixa de sentir. Passa e pronto. Deixar passar. Simples assim?

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