segunda-feira, 16 de maio de 2011

Eu desejo...

Eu desejo um momento surreal que se estenda ao longo do dia e da noite, que se dilua nos meus olhos e materialize minha alma.

Desejo ser tocada, suavizada, entre meus dedos, na palma da minha mão, nas minhas coxas, nos meus cabelos.


Desejo que palavras se multipliquem e que jamais necessitem ser pronunciadas.


Desejo que minhas pernas balancem, fazendo-me flutuar, que meus cabelos arrastem o chão, varrendo minha sanidade latente e minha loucura explícita.


Desejo sorrisos e lágrimas, sal e açúcar.


Desejo meu corpo, meu movimento, ou então a ausência dele.


Desejo ser, sentir, viver.


Desejo o desejo alheio pela sede, pela fome, pela energia, pela vontade.


Desejo o vazio dentro de um copo cheio de ilusões, verdades e mentiras.


Desejo a existência absorvida pelo abstrato, se perdendo em sentimentos inefáveis.


Desejo tudo que não tenho, e tudo que ainda serei.


Desejo, essencialmente.

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