Surpresinhas da vida. Que delícia!

E a vida segue seu rumo com destinos diferentes e inesperados. Forrest Gump disse que a vida é ‘como uma caixa de chocolates, você nunca sabe o que vai pegar’.

Um dia após o outro e mesmo com diferentes planos, ideias, projetos e desejos, ela sempre nos pega após a curva, com uma surpresa ou novidade, problema ou decepção. O que mais intriga é que sempre entrega à nossa porta o que não esperamos.

Planos e projetos desenham o curso da vida. Há também os planejamentos. Enquanto planos são ideias, projetos são ações determinadas e limitadas por um prazo e planejamentos são ações repetitivas e contínuas para que algo aconteça, é no máximo no marketing de uma empresa já estabelecida no mercado que isso funciona.

Seja o mercado financeiro ou o Cosmos, há sempre movimentos que mudam o curso de tudo e, de fato, direcionam os resultados para onde bem entendem. Isso realmente não exclui a importância de estudos, pesquisas e ações estratégicas e muito bem pensadas mas é fato que diversas vezes temos que nos contentar com a tentativa válida, pois o produto final não é exatamente aquilo que queríamos no início.

Agilidade e perspicácia são palavras de ordem também nessa jornada que é a vida humana. É possível ter a ideia, montar o projeto, fazer o planejamento e quando tudo corre bem, o resultado torna-se obsoleto, não desejado, inconsistente. Então é a vontade de voltar atrás para buscar outro fim para aquilo que foi idealizado como sonho de uma vida inteira. Saber o que se passa no mundo e na sala de casa trazem a necessidade de mudanças, muitas vezes impossíveis, mas ao menos nos dão a chance de tentar. Perceber isso é fundamental. Imagina se houvesse um sinal divino 15 minutos antes de um Tsunami? Quanto poderia ser evitado em termos de tragédia? Claro que existem alguns meios de emitir alertas, mas falham. E como falham. Meu exemplo está a salvo, por enquanto.

Mas as surpresas... Mudam tudo, desorientam, descabelam e percorrem o caminho apagando os vestígios, para não termos como voltar atrás em hipótese alguma. Mas não é essa a graça, a cor, o sabor da vida?

Aquela chuva que te pegou no meio do caminho, molhou seus sapatos, bagunçou seu cabelo antes de uma reunião. Desanimador, mas aconteceu por um motivo. Seja porque seu cabelo não estava tão perfeito assim ou então porque você precisava de um banho diferente para se refrescar ou relaxar, você estava na rua por um motivo, muitos acreditam. Ceticamente falando, a chuva faz parte da natureza, alimenta o solo, umedece o ar, etc. Talvez antes de perguntarmos ‘por quê?’ deveríamos simplesmente aceitar o fato de que o mundo gira e somos apenas uma das bilhões de peças que estão vagando por ele, ou seja, bem menores e menos poderosas que ele. 
Não é tão simples ou tão complicado. Penso que seja lá o que for, Deus, Buda, Jah, Energia Solar ou simplesmente o Oxigênio (ou qualquer outra força que possa acreditar) prepara surpresinhas boas, ruins, ótimas, desnecessárias e incríveis. São a pimenta, o queijo ralado, a folhinha de menta no topo da bola de sorvete, que faz toda a diferença a cada pedacinho que devoramos. Aceite-as, abrace-as, viva-as. Vai valer a pena.