O barulho do silêncio de minha voz

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Se hoje é um dia "daqueles", você se sentirá em casa com o que tenho a dizer. Talvez me critique, talvez me apóie, ou então deixará de ler esse texto na metade, ou então agora mesmo.

Existem dias em que nada de ruim acontece. Nada de bom, tampouco. Existem dias que o silêncio toma conta de nós. Neles, nossas palavras perdem a voz. Têm, no máximo, a tinta de uma caneta.

Nesses dias, a preguiça toma conta: queremos dormir, comer, dormir: asumir a Sra. Leitoa que existe em nós. Ir ao banco? Nem pensar. Cozinhar? So se for brigadeiro.

Se nesse dia seu cabelo estiver loiro, você vai querer castanho. Se ganhar um livro de presente, você vai querer um DVD. Se nesse dia fizer sol, você vai querer comprar um guarda-chuva. E se tiver apenas preto, você vai querer um colorido.

Muitas vezes o sentimento é inexplicável, incomparável e sufocante.Às vezes parece que podemos nos observar de longe e a imagem é triste, distorcida, equivocada: alguém de lado, quieto, triste, perdido. Temos a foto imperfeita,não de quem nós somos, mas sim de como nos sentimos. Naquele momento.

O pior dos nossos problemas é que ninguém tem nada a ver com isso, já disse Mário Quintana. E talvez ninguém nos compreenda, ou não faz nenhum esforço para tal. Portanto, dê-se o direito, mas lembre-se que o mundo continua a dar voltas. Dura realidade.

Seja hoje um daqueles dias. Se tudo correr como de costume, o terminarei encontrando centenas de problemas em mim e em minha vida e você provavelmente fará o mesmo. Mas, quer uma conclusão óbvia? Amanhã ou depois você não terá encontrado solução nenhuma e estará em um dia bem melhor. E tudo isso se repetirá, em um outro dia "daqueles".